Vladimir Nabokov

NABOKV-L post 0025592, Thu, 7 Aug 2014 16:52:36 -0300

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RES: [NABOKV-L] No direct link to VN but...
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Barrie Karp: “seems he had visual fascination with pencils, I thought this week rereading TT where he describes meticulously (or, fooled me) pencil production. Perhaps when he looked down at his pencil he took opportunity to do something with his butterflies, whatever may have been in his line of sight at the moment staring down. “



Jansy Mello: The pencil lines in “Transparent Things,” travelling from the tree trunks to the cilindrical end-product provide a fantastic reading, you are right!



I remember another instance in which inanimate things are compared to butterflies It’s in PF (where CK casually indicates the title of JS’s poem): “This batch of eighty cards was held by a rubber band … Another, much thinner, set of a dozen cards…, bears some additional couplets running their brief and sometimes smudgy course among a chaos of first drafts. As a rule, Shade destroyed drafts the moment he ceased to need them: well do I recall seeing him from my porch, on a brilliant morning, burning a whole stack of them in the pale fire of the incinerator before which he stood with bent head like an official mourner among the wind-borne black butterflies of that backyard auto-da-fé...”



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News from Lisbon and Jazz, related to V.Nabokov’s “ADA” – unfortunately, I have no time to translate the interview. Perhaps, exploring directly from the site, a machine translation becomes possible…

The project is named “Tower,” a word which Ada employed for a succession of “three real things.” The composer explains his views about VN’s text and his choice for its musical rendition.

<http://www.musica.gulbenkian.pt/cgi-bin/wnp_db_dynamic_record.pl?dn=db_musica_press&sn=recortes_de_imprensa_jazz_pt&orn=1549> http://www.musica.gulbenkian.pt/cgi-bin/wnp_db_dynamic_record.pl?dn=db_musica_press&sn=recortes_de_imprensa_jazz_pt&orn=1549

Coisas reais no Jazz em Agosto: Diário Digital / 05 Ago 2014: Inspirado na escrita de Nabokov, Marc Ducret trouxe para o Jazz em Agosto 2014 The Real Thing # 3, um agrupamento que não chega a estranhar-se. Entranha-se rapidamente nos nossos sentidos.

Entrevista a Marc Ducret - Marc Ducret [ ] é um dos grandes nomes europeus da guitarra na música improvisada, apesar de ela não lhe interessar tanto assim enquanto instrumento. Avesso a catalogações, tão pouco gosta da expressão “música improvisada”. O francês vem à capital portuguesa com o sexteto Real Thing #3 – de inusitada instrumentação: três trombones e uma seção rítmica (guitarra, piano e percussão) – trazer música inspirada no romance “Ada”, de Vladimir Nabokov.

Com o projeto Tower procura expressar a sua própria visão musical sobre um capítulo retirado do romance “Ada”, de Vladimir Nabokov, no qual o autor estabelece um labirinto complexo de memórias e referências. Qual a origem de todo este processo?

Em projetos anteriores tentei justapor texto e música de diversas formas. Neste escolhi tentar transpor algumas técnicas literárias utilizadas por Nabokov para a composição musical. No capítulo 12, a complexidade chegou a um certo pico. Tentei “espelhar” o que estava escrito, da forma como está escrito, a interação no enredo, a interação com outros livros e obras, etc..

Neste capítulo, Nabokov faz um conjunto de intrincadas relações e correspondências entre as suas próprias emoções e preocupações permanentes. É também esta a forma como concebe a sua abordagem à música, uma rede de trocas, reflexões, influências, regressos?

Sim, estou muito interessado em questões relacionadas com a memória e na forma como ela afeta a nossa percepção e também a música, que é um meio em geral abstrato, em constante reconstrução nesse jogo de influências e reflexões. A música parece ser a forma de arte na qual a passagem do tempo se expressa de maneira mais significativa...

Atitudes e questões

Sem recorrer a excertos ou a citações do livro, usou três diferentes formações para este projeto: Real Thing #1, Real Thing #2 e Real Thing #3, com diferentes músicos e instrumentação. Qual foi a sua intenção? Poderia ter utilizado sempre o mesmo grupo, mas não o fez...

Tentei espelhar várias ideias. Neste capítulo, Ada fala sobre os seus conceitos de vida em relação às palavras que usa para descrever as emoções: “coisas reais” são os eventos felizes da vida. Três “coisas reais” seguidas fazem uma “torre”, daqui o título do projeto, o nome das bandas e das peças. Cada formação representa uma “coisa” diferente com sabor e som próprios. Mas também teve a ver com as três personagens do livro e com a tríade que está sempre presente e que lhe dá significado e forma. Por último, tentei veicular as minhas próprias emoções, permitindo a cada grupo expressar as minhas “atitudes” e questões sobre música.

Quais foram os seus critérios no processo de escolha dos músicos que consigo colaboraram em cada uma das três formações? Afinidade musical? Como Ellington, Mingus e Ra, entre outros, escreve música a pensar especificamente nesses músicos ou, por outro lado, as suas ideias musicais neste projeto seriam as mesmas independentemente das características dos músicos que a tocam?

Escrevo sempre especificamente para os músicos que vão tocar essa música. Um instrumento, por si próprio, não é nada. É a pessoa que toca que lhe dá alma ou não. Independentemente das capacidades ou da técnica. Ellington, Mingus ou Ra, mas também Mozart, Boulez ou Berio.

Para os primeiros dois destes grupos, escreveu música propositadamente – “Sur l´Electricité”, “Real Thing #1, 2 et 3” e “Softly Her Tower Crumbled in the Sweet Silent Sun” –, mas no terceiro a formação toca “comentários” à música antes escrita, através de um trabalho sobre fragmentos e do desenvolvimento de alguns extratos. Qual é a sua ideia? Olhar para os diferentes elementos, motivos e para os interstícios da sua própria música e explorá-los?

Sim, essa foi uma das razões. Outra foi a de o sexteto ser uma espécie de “súmula” do projeto, que vê o que está a faltar no princípio do livro, a busca por algo que está no centro do trabalho de Nabokov. Também porque os outros dois grupos tocavam arranjos com apenas um “ponto de vista" de cada vez, enquanto o sexteto revela todas as combinações rítmicas e harmónicas.




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